domingo, 17 de maio de 2009

Dando vida ao que bebemos

Era a cachaça pura.
Se soprássemos,
seria um vento de conhaque quente.
Era um corpo bêbado na lama,
enxaguado de éter e álcool,
estendido como um copo quebrado.
Fez do seu corpo uma garrafa.
Nele não nascia nem a flor feia de Drummond.
Ah! E nem o tédio.


Iúna Gabriella Paiva

3 comentários:

Vestimos GG disse...

Eu bebo sim, estou vivendo...

Vera disse...

Nascia o quê, então? Seria bom se nascesse um pouco do Drummond em várias pessoas.

Beijo!

PS: Ah, sou eu: Vera ;-)) Nem sabia que cê tinha Blog.

Lara Medeiros disse...

Nascia os sonhos de borboletas, graúnas e iunas?

Ou nadica de nada mesmo...

=)