domingo, 17 de maio de 2009

Dando vida ao que bebemos

Era a cachaça pura.
Se soprássemos,
seria um vento de conhaque quente.
Era um corpo bêbado na lama,
enxaguado de éter e álcool,
estendido como um copo quebrado.
Fez do seu corpo uma garrafa.
Nele não nascia nem a flor feia de Drummond.
Ah! E nem o tédio.


Iúna Gabriella Paiva