terça-feira, 14 de abril de 2009

Redes me deixam nostálgica.


Essa foto....

Amigos de sempre, um com sua rede branca com azul desbotada, lavada de ano em ano; outro com uma rede vermelha, com os três primeiros punhos quebrados, lavada sabe-se lá quando; outra com uma rede amarela, a mais limpa de todas as redes(talvez essa seja lavada de seis em seis meses).

Redes desbotadas e sujas(assim como os donos), armadas ao lado da minha rede vermelha mais clara que a outra, que minha mãe me deu alegando que a cor não expõem tanto a sujeira.

Por tempos, e digo por muito tempo mesmo, essas redes armadas desse jeito foram o meu elo com a felicidade. Já não sou tão feliz como no "tempo de redes armadas debaixo de um pé de manga", há muito sinto que isso virou história pra ser lembrada pros filhos dos armadores destas redes.

E sinto falta.E me deixo consumir por uma questão existencial entre mim e armadores de redes. E faço disto um drama. Um samba, uma trama sem enredo. É mesmo uma questão de não querer acreditar.De ir contra a realidade dos fatos. Contra o curso da vida. Contra a não-armação de redes.

É besteira? Não. Não é nada de besteira.Não há nada besta em ter que deixar de armar redes ao lado de outras redes, desde que os donos destas redes(que não é o alvo/é o alvo, deste texto), sejam as pessoas por qual você estaria todos os dias armando sua rede velha desbotada.

É a vida? Se for me desculpe, mas , que vida fulêra então. Vida apareça! É tão fácil pra você fazer com que as pessoas desistam de armar redes?! Agora me faça desistir de querer armá-las todos os dias, no mesmo local.

É loucura? É. Nunca pensei que redes me fariam chorar.


Iúna Gabriella Paiva

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